Como a maioria dos brasileiros, cresci com aquela ideia católica de que todo mundo é filho de Deus – ensino pernicioso, passado de geração em geração.
Esta mentalidade enganosa leva milhões de tupiniquins à falsa segurança de que são naturalmente dignos dos favores divinos, independente da condição ou do estilo de vida em que vivem. Ledo engano.
Cachaceiros, adúlteros, mentirosos, fornicários, sodomitas, trapaceiros, idólatras, ladrões, etc., sentem-se muito confortáveis nos vícios mais horrendos, ignorando que tudo o que pensam, dizem e fazem os tornam indignos e abomináveis aos olhos d’Aquele que é Santo:
“Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.” - Isaías 59:2
“E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm...” - Romanos 1:28
O primeiro versículo acima “mata a pau” a falsa segurança de “filiação divina” que a religiosidade brasileira insinua e semeia na mente de quem desconhece a Bíblia. Ali, não é muito difícil entender que Deus ignora, se recusa a ouvir aos que gostam de “chafurdar” no pecado – numa definição simples, pecado é um “um transgredir, ou um ir contrário à Lei de Deus” (Thomas Paul Simmons).
No segundo, a resposta de Deus à indiferença humana quanto a conhecê-Lo é a própria indiferença, o desprezo. Deus repudia o pecado, assim como também repudia todos aqueles que O desprezam e/ou fazem pouco caso de Si.
Há muitos que confundem a graça de Deus como algo passivo, submissa ao bel prazer humano. Alguns chegam a dizer “vou curtir a vida e depois penso em Deus, em religião e fé” – destes, boa parte jaz no inferno, e outros tantos que pensam ou se comportam da mesma forma terão o mesmo fim.
Concluindo, creio que as duras palavras de Jesus a um grupo de judeus pretenciosos no passado ecoam sobre a falível e contraditória cultura religiosa reinante:
“Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai.” - João 8:44
- pr Aécio -
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