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quinta-feira, 15 de maio de 2014

É NOSSO DEVER CONTRIBUIR DE FORMA EFETIVA PARA MISSÕES



A ignorância quanto às questões missionárias em nossas igrejas é algo assustador e frustrante. Sinceramente não me conformo com a total falta de conhecimento, e de compromisso que a maioria dos evangélicos tem a respeito do assunto. Ainda mais na era da informação, onde todas as respostas estão nas pontas dos dedos! Basta digitar em qualquer buscador da internet palavras ou termos tais como “missões”, “missionários”, “povos não alcançados”, “envio de missionários”, “campos missionários” e outros semelhantes, que muito do universo missionários se abrirá diante dos olhos de quem buscar!

A começar pelos pastores das congregações, não há como negar a total falta de compromisso da maior parte deles. Não vem ao caso se cursaram ou não academias teológicas, se são reformados ou “pentecas”, sinceramente não entendo como ainda se ordenam (consagram ou ungem) e se delegam lideranças de congregações ou grupos de pessoas a homens e mulheres que não têm o mínimo de compromisso com os povos ainda não alcançados. Isso é um contrassenso, e é o que verificamos quase sempre, por exemplo, quando algum aspirante a missionário me procura e diz “meu pastor não tem visão missionária” – que vocês me perdoem, mas para mim, pastores sem visão missionária não têm visão nenhuma!

Faço minha segunda crítica aqui aos membros comuns das igrejas, embora ressalte que o maior peso, a maior culpa deve recair mesmo sobre aqueles que deveriam discipular, treinar e educar seus rebanhos ou grupos. Meu parecer é que, independente de receberem ou não instruções ou incentivos de seus líderes, todo cristão pode muito bem buscar conhecer o assunto e se despertar para as necessidades missionárias. No meu caso, nunca tive incentivo nenhum dos meus pastores para evangelizar ou me comprometer com missões. Ainda novo convertido tive contato com missões a partir de uma jovenzinha (graças a Deus hoje ela é minha esposa) e assim, a oportunidade de conhecer um pouco das realidades de missionários e campos missionários através de uma agência a mim apresentada por ela. Nunca mais parei! Entendi que evangelizar e fazer missões faz parte da experiência cristã em todos os seus aspectos! Penso, inclusive, que pessoas não dadas à evangelização e às missões precisam questionar sua conversão.

Creio que o simples fato do cristão ter uma consciência missionária já é um passo muito importante. Se a partir dessa consciência ele puder despertar outros para missões, é outro  passo mais importante ainda. Mas, bom mesmo é ter envolvimento e compromisso diretos com o universo missionário. Um bom começo é a prática da intercessão pelos assuntos relativos ao tema. Para tanto, é possível colher informações através de sites de agências missionárias, contatos com missionários e literaturas especializadas. Há também a possibilidade de “garimpar” igrejas e pessoas engajadas e pedir ajuda nos primeiros passos.

Levantar recursos financeiros é outra coisa complicada entre nós. Isso me confunde demasiadamente, visto que os mesmos crentes e as mesmas igrejas que investem fortunas em acampamentos e outras atividades destinadas a lazer são os mesmos que “não têm recursos para investir no sustento de missionários”! Como isso?! Como uma igreja pode se mobilizar para levar 200, 300 pessoas a uma festa ou passeio e não consegue mobilizar 10 ou 20 para sustentar (ainda que em parte) um missionário?! Como um pastor de uma congregação de 50 pessoas, por exemplo, consegue espremer seu grupo para a construção ou reforma do prédio e, não tem a capacidade de arrecadar R$ 200,00 ou R$ 300,00 mensais para investir em projetos missionários?!

E quanto aos vocacionados? Eles não existem? O problema está no discipulado  falho?  ou da total ausência do discipulado? Creio que eles existem aos montes, e que estão presentes em todas as igrejas, mas o descaso com o discipulado e a ausência de desafios tende a fazer com que muitos potenciais vocacionados ou possíveis candidatos a missões permaneçam inertes ou distraídos com atividades locais. Eu mesmo conheço relatos de irmãos que foram frustrados em todas as tentativas de serem treinados e enviados ao campo, mas hoje são pessoas frustradas dividindo seu tempo entre atividades seculares e o ostracismo de suas congregações.

Por fim, não há como escapar: O fato é que toda igreja, por menor e mais pobre que seja deve despertar e desafiar pessoas aos campos não alcançados. O maior recurso sempre serão as pessoas, logo, qualquer pequena desculpa usada como argumento para evitar a contribuição efetiva nas questões missionária é, na verdade, uma grande mentira!

Em Cristo,

pr Aécio

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